Rocha, H., and F. Viseu O ensino de Funções no 3.º ciclo e no ensino secundário: que diferenças? [Teaching Functions at lower and upper secondary: what is different?]. EIEM. Coimbra: SPIEM, 2018.
AbstractNeste estudo analisamos as perceções que professores do 3.º ciclo e do ensino secundário têm da sua prática no âmbito do ensino de Funções, com o objetivo de as caracterizar e de identificar as diferenças existentes entre estes dois grupos de professores. Um aspeto particularmente relevante se tivermos em conta que se tratam de dois grupos de professores com formações iniciais idênticas. Adotamos uma metodologia mista, com uma vertente quantitativa apoiada na aplicação de questionários e uma vertente qualitativa baseada na realização de entrevistas. As principais conclusões alcançadas apontam para semelhanças nas perceções dos professores, mas também para algumas diferenças em função do ciclo de ensino. Na planificação das aulas os manuais são amplamente utilizados, mas de forma diferente consoante o ciclo de ensino do professor. Os professores de ambos os ciclos de ensino estabelecem conexões entre diferentes representações, mas valorizam de diferentes formas as representações disponíveis. O envolvimento dos alunos nas atividades da aula é outro aspeto destacado pelos professores, mas uma vez mais existem diferenças. Na avaliação o recurso ao teste é enfatizado pelos dois grupos de professores, mas já existem diferenças quanto à importância atribuída ao trabalho de grupo.
Rocha, H. O formalismo matemático num contexto de utilização da tecnologia [Mathematical proof in a context of technology integration]. Atas do XXVI SIEM. Évora: APM, 2015.
AbstractThe technology and how it tends to emphasize the intuitive and overshadow calculus and mathematical proof are the focus of this paper. The conclusions reached suggest that tasks where students might realize the usefulness of calculus as well as of more intuitive approaches are possible even when the technology is a reality in the classroom. They also suggest that proof may, among other things already identified in the literature, make an important contribution to the students’ understanding of fundamental aspects of mathematics.
A tecnologia e a forma como esta tende a enfatizar o intuitivo e a relegar para segundo plano o formal e a demonstração matemática são o foco deste artigo. As conclusões alcançadas sugerem que é possível colocar aos alunos situações onde estes se possam aperceber da vantagem de recorrer tanto a abordagens mais formais como a abordagens mais intuitivas e isto mesmo quando a tecnologia é uma realidade em sala de aula. Sugere ainda que a realização de demonstrações pode, entre outros aspectos já identificados na literatura, dar um contributo importante para a compreensão de aspectos basilares da Matemática.
Rocha, H., and P. Teixeira O professor e a aula de Matemática [The teacher and the Mathematics class]. EIEM. Coimbra: SPIEM, 2018.
AbstractA formação e o desenvolvimento profissional do professor são determinantes para as opções que este assume na sala de aula. É o seu conhecimento, aquilo que valoriza e o contexto onde se encontra inserido que determinam as experiências de aprendizagem que proporciona aos seus alunos. Mas esse conhecimento profissional envolve uma multiplicidade de dimensões que decorrem da sua formação inicial e contínua, mas também das experiências que teve ocasião de vivenciar e de processos de socialização, onde a interação com os pares e as oportunidades de desenvolver trabalho colaborativo são elementos importantes. A aula de matemática surge assim como o campo aglutinador do trabalho do professor numa dupla vertente que se une num ciclo único: por um lado a aula de Matemática é o foco do trabalho do professor, onde as opções previamente assumidas são implementadas; e, por outro lado, é um ponto de partida para a reflexão e o desenvolvimento profissional do professor.
Da planificação da aula, onde a escolha das tarefas e a forma de as implementar são aspetos centrais e onde a vertente histórica não deixará de estar presente; à sua implementação, operacionalizando diferentes recursos (nomeadamente os tecnológicos) e assumindo dinâmicas de aula diferenciadas; até à fase de reflexão entre pares, que termina e reinicia um novo ciclo – estas são as grandes etapas em torno das quais este texto se organiza e onde a formação inicial e contínua não deixarão de estar presentes.
Rocha, H. O professor e a fidelidade matemática da calculadora gráfica no estudo de Funções [The teacher and the mathematical fidelity of the graphing calculator in the study of Functions]. XXVIII SIEM. Viseu, Portugal: APM, 2017.
AbstractThe teacher's knowledge of the mathematical fidelity of technology and the impact it has on the teacher’s practice is the focus of this article. Based on the conceptualization of Knowledge for Teaching Mathematics with Technology (KTMT), and involving the teaching of Functions at the 10th grade, we analyze: the situations of lack of mathematical fidelity considered by the teacher in the classes, the way how the teacher manages students' contact with this kind of situations, and how the teacher supports students when they are faced with a lack of mathematical fidelity. The conclusions reached point to: some devaluation of the situations of lack of mathematical fidelity, with only one type of situation being explicitly addressed; a careful selection of tasks, in order to ensure that these situations do not occur too soon; a focus on the identification by the students of this type of situation, suggesting what they can do to confirm the suspicion but without effective implementation of the process. As a consequence, knowledge of mathematical fidelity does not necessarily have a relevant impact on teacher’s practice and it is not easily transformed into a deep teacher’s KTMT.
Rocha, H. O formal da matemática e o intuitivo da tecnologia: que articulação?. Atas do ProfMat 2015. Évora, Portugal: APM, 2015.
AbstractA tecnologia é cada vez mais indispensável no dia-a-dia, rodeando-nos constantemente. Para os nossos alunos é uma realidade que conhecem desde sempre e que tendem a encarar com uma naturalidade descontraída e intuitiva. A facilidade de acesso à tecnologia e o modo como esta tende a enfatizar o intuitivo e a relegar para segundo plano o formal e a demonstração matemática são o foco deste artigo. Partindo da análise de uma proposta de trabalho onde alunos de 10.º ano começam por uma abordagem intuitiva apoiada na calculadora gráfica e terminam a realizar uma demonstração da conjectura que formularam, procuro discutir a problemática. As conclusões alcançadas sugerem que é possível colocar aos alunos situações onde estes se podem aperceber da vantagem de recorrer tanto a abordagens mais formais como a abordagens mais intuitivas e isto mesmo quando a tecnologia é uma realidade em sala de aula. Sugere ainda que a realização de demonstrações pode, entre outros aspectos já identificados na literatura, dar um contributo importante para a compreensão de aspectos basilares da Matemática.